13 de dezembro de 2013

Em suspenso

Com vagar fluem as horas daqueles que esperam
Almejam, anseiam
Suplicam
Esperam
... esperam.
De um negro tão vil, de uma escuridão de tal breu que
nem lume, vagalume, estrela ou mesmo os olhos teus
podem iluminar.
Esperar é um ato de solidão; mesmo que muitos esperem contigo.
Ainda assim...

E quiçá, tu que esperas fosses um turbilhão devastado. Mas não.
Paira à tua volta a espera morna, viscosa como o espesso ar
que envolve e imobiliza.
Preenche e sufoca.

Que de tal plenitude, esqueci-me...
... não seria isto tão somente um deixar-se ir??
Pois então despejo-me, entorno-me, desperdiço-me.
Não hei de poupar-me em uma hesitação sequer.


(Como poderia jazer encerrado em mim?)

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